quinta-feira, 3 de maio de 2012

Filosofia Moderna e suas principais características.


Filosofia Moderna
  
A Filosofia da Idade Moderna nasceu e se desenvolveu durante os séculos XV, XVI, XVII e XVIII, graças aos trabalhos dos protagonistas do renascimento cultural e científico, entre eles Nicolau Copérnico, Leonardo da Vinci, e dos esforços de cientistas e pensadores como Galileu Galilei, Francis Bacon, René Descartes e tendo se estendido até Emanuel Kant.

A Filosofia da Idade Moderna tem entre suas características:

a) O Racionalismo

A filosofia moderna propriamente falando iniciou-se com a teoria do conhecimento do René Descartes. Conhecido como pai da filosofia moderna, parece que ele levou muito a sério as palavras do Leonardo Da Vinci que diz "Quem pouca pensa, muito erra."! Na Idade Média, na sociedade e na política a Palavra de Deus, considerada fonte única do conhecimento absoluto, foi interpretada pela igreja que dominava todos os aspectos da vida. O renascimento trouxe uma ênfase renovada no desenvolvimento científico e na capacidade humana e a necessidade de uma nova definição do ser humano e seu lugar no mundo. Na modernidade a chamada Idade da Razão então, surgiu à necessidade de redefinir os paradigmas, Descartes na declaração, "penso logo existo", ele declara que o homem, ser racional por natureza, tem a capacidade de alcançar o conhecimento e mais que isso, sua existência é definida pelo ato de pensar.
Por entender ser possível chegar ao pleno conhecimento através do processo de pensamento racional, Descartes, idealizou um processo de dúvida metódica pelo qual através da rejeição (eliminação) de pensamentos ou ideias em que resida a menor dúvida o homem seria capaz de alcançar o conhecimento. As obras do Descartes formaram a base sobre qual os racionalistas desenvolveram seus processos.

b) O Empirismo

Francis Bacon, John Locke, David Hume e outros pensadores contra posição aos racionalistas do continente europeu desenvolveram e propagavam o raciocínio experimental, ou seja, a teoria de que o único caminho pelo qual o homem pode chegar ao conhecimento é através da experiência sensível (empírica).
Um fator marcante da modernidade é a separação entre a Filosofia e a Ciência empírica. A ciência moderna, dependente nas experiências desenvolvidas em situações controladas, é empírica por natureza, contrastando-se com o pensamento do Aristóteles que percebia a Metafísica como ciência primeira.

c) A perfectibilidade.

Os precursores da filosofia moderna entre eles Leonardo da Vinci, Copérnico e Galileu acreditaram na perfectibilidade da natureza e defenderam a teoria da perfectibilidade da razão humana. A ciência renascentista entendeu que pelo fato que Deus criou a natureza é possível conhecer Deus através da natureza e, portanto, produzir conhecimento.
Em sua epistemologia Immanuel Kant sintetizou as teorias, do Descartes e os racionalistas continentais e Hume e os empiristas ingleses.
O processo de racionalização, característico da Modernidade, que começara com os renascentistas e com os cientistas, e passara por Descartes e pelos empiristas, podia agora, ser compreendido por Kant como um processo que representava o curso natural da evolução da sociedade. Finalmente o ser o humano estava apto para raciocinar sobre a própria razão. (UMESP 2009 p.11)

JARDIM, Alex Fabiano Correa & BORGES, Ângela Christina & FREITAS, Gildete dos Santos et al. Filosofia da Educação. 

3 comentários:

Elizângela disse...

Bacon considerava a filosofia como uma nova técnica de raciocínio que deveria restabelecer a ciência natural sobre bases firmes. Seu plano de ampla reorganização do conhecimento a que chamou Instauratio Magna ("Grande Instauração"), era destinado a restaurar o domínio do homem sobre a natureza que se acreditava ele havia perdido com a queda de Adão

Dilamar disse...

Dado o nominalismo de Locke, compreende-se como, para ele, é impossível a ciência verdadeira da natureza, considerada como conhecimento das leis universais e necessárias. Locke julga também inaplicável à natureza a matemática - reconhecendo-lhe embora o caráter de verdadeira ciência - isto é, não acredita na físico-matemática, à maneira de Galileu. Entretanto, mesmo que a ciência da natureza não nos desse senão a probabilidade, a opinião, seria útil enquanto prática.

Diogo disse...

Das características gerais do campo de pensamento e de discursos da Filosofia Moderna, destacaremos os seguintes: o significado da nova ciência da Natureza, os conceitos de causalidade e de substância, a idéia de método ou de mathesis universalis, e a idéia de razão, explícita ou implicitamente elaborada por tais pensadores.

Postar um comentário